** N@IDS ** ALOHA **

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Livro das Memórias

Estou a escassos dias do final do meu curso e não faço a mínima ideia do que irei fazer. Quer dizer, eu sei o que eu quero fazer da minha vida mas não será assim tão fácil de concretizar. Sei lá o que quero fazer… mas isto não é de certeza!
Preciso de sorte, de oportunidade, de coragem, e claro de algum dinheiro para começar. Mas tenho medo. Medo do próximo passo que terei de dar, de enfrentar a vida de frente, sem ter os meus pais a segurarem-me. É claro que eles vão estar sempre prontos para me ajudar, disso não tenho dúvida, mas saber que chegou a altura de ter que seguir com a minha vida, com o meu futuro…arrepia uma beca. Mas não há-de ser nada, não pode ser nada. Sei lá se nada é mesmo nada!?
Há uma música que a tuna da Agrária toca que se chama “Coisas da Vida”, é exactamente isto que eu chamo à fase pela qual eu estou a passar. Estou a deixar a vida estudantil, a vida boémia para ser alguém com “mais” responsabilidade, com contas para pagar e despesas a apresentar, ou seja, estou a tornar-me numa verdadeira adulta (espero eu). E como toda agente, sei lá, estou com medo!

A vida é tão simples mas a minha cabeça gosta tanto de a complicar. Não percebo o porquê. As vezes olho-me ao espelho e não vejo nada, pelo menos nada do que eu queria ver. Não me estou a referir ao meu físico, porque nisso nunca tive complexos, mas sim ao meu espírito, à minha alma, o que lhe quiserem chamar. Sei lá!
Sonho com tanta coisa e nada disso acontece. Sonho com a felicidade, com o amor e nenhum me sorri. Sempre tenho alguns amigos que me vão aturando, e coitados de alguns, as vezes sou mesmo chata, eu sei. Sei lá porque sou assim.
Já pensei e imaginei montes de vezes como será o dia da entrega das pastas, do desfile, da bênção, da minha última semana académica e mil sentimentos já passaram por mim. Neste momento estou indiferente a tudo isso. Tenho mil e uma fitas para dar e escrever… e a vontade, confesso que é pouca. Sei lá porquê!
Costuma-se dizer que o fim de alguma coisa aterroriza, no meu caso, acho que é o início de algo que me deixa completamente às aranhas. Talvez por ser algo desconhecido, de novo, mas nem tudo o que é novo se traduz em bom, em felicidade. Vamos esperar para ver. Sei lá!

Podemos dizer que tenho dois grandes bloqueios: o primeiro tem a haver com a doença da minha mãe e das lembranças que eu tenho dentro da minha cabeça (três meses em casa debaixo de discussões, dormidas no chão da sala, visitas ao hospital), o segundo bloqueio só o tempo dirá até quando… Sei lá!
As vezes penso que se tivesse poderes alterava certas e determinadas coisas no meu passado, tipo aquele filme “Efeito Borboleta”. Se o ser humano tivesse esse poder certamente utilizava-o para praticar o mal. Mas se o ser humano pudesse fazer algo de bom, sem ser atormentado sempre pelo que já fez de mal?!

P.S. Este texto foi escrito um dia antes da Páscoa no dia 07 Abril 2007. Dei com ele por acaso no meu PC… e dei-lhe uma oportunidade de o mundo o puder ver!

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